Eis aqui um rascunho tosco de algo que tentei começar a produzir, mas que obviamente não saiu como eu queria... Além disso, não consegui continuar. O doc está no meu pc, mas é provável que eu não continue... Ainda mais agora, fazendo faculdade, trabalhando 8 horas. Ok, amanhã cedo pretendo fazer um post dando uma atualizada neste velho blog, cheio de teias de aranhas, e terei algumas coisas "interessantes" (leia-se desinteressantes) para postar.
Perdoem os erros de concordância e de português. Não foram revisados. Aliás, uma amiga revisou, mas eu não estou postando a versão revisada, pois não tive tempo hábil para atender o que ela sugeriu arrumar. Além disso, eu mudei em alguns momentos de narrativa no passado para no presente. Se algum dia eu resolver continuar isso irei arrumar essas questões.
Notas:
Apesar da história se passar boa parte em Salesópolis, uma cidade que existe no interior do estado de São Paulo (pesquisem no Google), eu estou utilizando apenas o nome da cidade, não me preocupando em apresentar localidades reais.
Para a cidade de São Paulo entre outros locais que venham a aparecer na história, irei utilizar pontos fictícios e reais, de acordo com o que me convir.
Para a cidade de São Paulo entre outros locais que venham a aparecer na história, irei utilizar pontos fictícios e reais, de acordo com o que me convir.
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É estranho a forma como certas coisas acontecem. A solidão bate forte, nós nos sentímos frágeis e expostos. O mundo parece desmoronar-se a nossa frente, pedaço por pedaço, devagar. Tentamos segurar os pequenos pedaços intangíveis, porém parece que quanto mais próximos chegamos, mais longe nossas mãos ficam de alcançar.
E assim a vida passa a nossa frente, complexa, sem sentido, sem sermos capazes de alcançar aquilo que almejamos... Tudo vai desmoronando aos poucos. A solidão é mesmo dolorosa...
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CAPÍTULO I
Em uma cidade interiorana, muitas histórias existem. O fato de que as pessoas não têm uma vida tão corrida e dispõe de mais tempo para si mesmas e para seus familíares, faz com que muitas histórias e lendas se espalhem de forma rápida. Seja essa história um "aumento" daquilo que é real, ou simplesmente ficção, muitas vezes têm uma pequena pitada de terror, ou um pouco de lição de moral.
Paulo, era polícial há cerca de 17 anos. Hoje tinha seus 39 anos e estava experimentando um novo tipo de fenômeno estranho. Não é porque era polícial que já tinha visto de tudo. Estava acostumado com os pequenos delítos de uma cidade pequena. Pequenos roubos e furtos e vez ou outro algum tipo de assassinato brutal por vingança. Claro que assassinatos são coisas pesadas, mas ao se comparar o quadro com uma grande cidade como São Paulo, os números beiravam o ridículo.
Chovia na pequena cidade de Salesópolis há cerca de 3 dias, sem parar. Poderia até ser considerado normal, porém a chuva era forte, fria e não mudava de intensidade em momento algum. Pior ainda, um determinado crepúsculo instalou-se sobre a cidade, de modo que ela parecia mal-assombrada. Ninguém sabia de onde essa chuva vinha, e o mais estranho, é que apesar dos rios da pequena cidade terem sido afetados (a correnteza com certeza ficou mais forte), no entanto o nível deles não começou a subir a níveis alarmantes. Levando-se em conta que a chuva era forte o suficiente para causar bons estragos com duas horas, então certamente havia algo de diferente ali.
Junto com Paulo na delegacia da cidade, trabalhavam apenas mais 3 pessoas: O chefe, Marcão, que já tinha mais de 65 anos, uma grande barriga de chopp e também um bom coração, André, um companheiro que já estava junto de Paulo havia 9 anos, sempre presente para todo momento difícil, Marcelo, mais novo, que estava na delegacia há apenas 1 ano. A secretária, Jussara, estava na delegacia desde que Paulo entrará lá e ele não ousara em nenhum perguntar a idade ou há quanto tempo ela estava lá nos seus 17 anos de profissão. Achava que seria um desrespeito a senhora que desempenhava seu papel com bastante má vontade.
Neste 3º dia de chuva, obviamente as coisas estavam tomando uma proporção enorme na mídia que chamava o incidente de "dilúvio localizado".
Muitas pessoas, cientistas, meteorologistas tentavam explicar o fenômeno, mas sem uma explicação boa. Os satélites apenas detectavam no local nuvens esparsas, em fotos por satélite a cidade encontrava-se completamente normal. É claro que ninguém conseguiria explicar o fenômeno lógicamente.
Paulo neste momento estava na delegacia e conversava calmamente com Marcão sobre o caso:
-Esse é o fenômeno mais estranho que já presenciamos... Estamos começando a atrair turistas...
-Rapaz, nos meus 65 anos de vida nunca vi nada mais estranho. Se não fosse o fato de que já ando cansado, iria sozinho tentar descobrir o que acontece... Isso parece coisa de Deus, ou coisa um pouco pior, algo como um castigo...
Marcelo entrou na conversa...
- Cara, tem alguma coisa muito estranha acontecendo aqui. Tenho ouvido boatos de que algumas pessoas não estão conseguindo sair da cidade, outras não conseguem entrar. O pessoal já está falando que tem gente delirando...
Paulo por sua vez, subitamente resolveu verificar o que poderia estar acontecendo. Resolveu que talvez fosse uma boa idéia ir até a igreja matriz da cidade. Chamou André para ir junto, que aceitou prontamente, deixando o jornal que lia de lado.
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